segunda-feira, 21 de maio de 2012

365

A passagem do tempo é algo que realmente me assusta às vezes... Acontece tanta coisa num intervalo de um ano que fica difícil pensar em apenas uma delas e perceber que se passaram 365 dias desde que ela aconteceu. Perceber que o dia que eu saí do banho com apenas duas palavras na cabeça e fui correndo pro MSN falar com essa outra criaturinha pra perguntar “topa?” e recebi uma resposta positiva já aconteceu há 12 meses me assusta.

Eu sempre tive problemas com a minha noção temporal, talvez por isso eu me sinta desconfortável em racionalizar essas coisas, mas quando se escreve da forma que nós escrevemos aqui no PP, esses parágrafos e versos acabam funcionando como uma espécie de diário, e quando se olha pra data de um post, isso fixa ainda mais a ideia de que o tempo passou. Quando eu penso onde eu estava e o que eu estava fazendo quando nós criávamos o conceito e onde eu estou hoje, a mudança se torna ainda mais palpável e assustadora, mas é isso que é a vida, não? Uma mudança constante, um aprendizado quase diário, e no dia que se para de mudar e aprender pela mudança, se morre.

No final das contas, acho que a gente escreve pra não morrer, e o PP acaba sendo a válvula de escape do nosso aprendizado, seja isso para o nosso bem ou para o mal de alguém, mas não dá pra se importar tanto com outro alguém nessa hora. E nós nunca nos importamos, esse foi o princípio mais básico estabelecido por aqui: apenas escrever, deixar sair. Agora, um ano depois dos dois primeiros posts, eu olho pra tudo isso e só penso uma palavra: orgulho. Algo completamente pessoal, mas também orgulho da minha sorte de encontrar a pessoa certa pra dividir esse mundo que é só nosso (e que só nós entendemos), apesar de nós deixarmos os outros darem uma olhada pelas frestas da janela.

Não sei se alguém vai realmente ler isso aqui, mas uma pessoa ao menos eu sei que vai. De qualquer forma, a você que nos leu até aqui, ou chegou hoje, obrigado. Mas, mesmo que ninguém leia, o mundo ainda é só nosso e só nós entendemos toda complexidade e simplicidade dele.

Parabéns, Poesias e um Mundo Só Nosso


Espero que você saiba, eu nunca te esqueci. Nunca deixei de te amar ou de saber que temos um mundo só nosso. Mas eu entrei no piloto automático, e me esqueci das coisas especiais.
Eu esqueci a minha música, a que me disse que o mundo é meu. A música que me deu o mundo, o melhor do mundo. Que me fez viajar, percorrer sentimentos que nunca pedi pra sentir (insira aqui seu sentimento). E eu trouxe o roteiro da viagem pra vocês. Mas perdi o voo. Perdi o ritmo da música. Saí de órbita do meu próprio mundo. E agora, Theodora?

Talvez eu tenha sido egoísta afinal, mesmo achando que não seria, lá, quando saí do zero. Talvez eu esteja pagando, como uma espécie de carma. Tudo ou nada, perdendo o que importa. Talvez seja isso. Talvez, talvez, talvez. Eu, eu, eu. Chame de egoísmo o que me fez fugir do mundo. Chame de amor o que me trouxe até ele. Faça o que quiser, faça o que for preciso. Depois de um ano, o meu lado doce e o meu lado amargo já tiveram seus momentos. Quando se sai do zero, alguma coisa muda. Algo precisa se mostrar.

Mas claro que tenho o que comemorar. Um ano muda muito a gente. Acrescenta, tira. Ou acrescenta tirando, vocês viram isso também. Claro que tenho o que comemorar. Não tem nada a ver com saúde, paz, felicidades ou algo assim. Não tem simpatia aqui. Tem, mas tá em falta. Sou ranzinza, sou um doce, sou um amor (ou um dia serei, talvez na próxima versão). E isso também se deve a você. Felicidades pra mim, mesmo que isso signifique a infelicidade de alguém. Acho que isso traz muitos anos de vida também, nesse mundo onde preferimos a poesia à sensatez (vide poesias). Esse ainda é o começo, é só o nosso primeiro. Porque juntos somos muitos. Somos fortes, somos bem mais que suficiente, somos o que quisermos ser. Vienna ainda nos espera, vocês não vêem? Nós mandamos no planeta. Seremos sempre Reis e Rainhas desse mundo. Um mundo coroado, que, mesmo que ninguém entenda, nós, eu, você, o Bruno e quem mais estiver aí sabemos que é, para sempre, só nosso.

SweetieSour