terça-feira, 30 de agosto de 2011

Quem de Nós

Você continua me dizendo que não há mais jeito
Mas eu te vejo em desespero cada vez que eu me afasto
Respirando como se o ar fosse rarefeito
E chorando como se nosso amor fosse casto

Eu continuo dizendo para mim mesmo que desisto
Mas entro em desespero cada vez que você se afasta
Não acreditando no que eu mesmo assisto
E me enganando que apenas isso basta

E entre pranto e insanidade
Um diz que basta e o outro, que não é suficiente
E nós continuamos sem saber
Quem de nós diz a verdade e quem de nós mente

E entre erros e perdões falsos
Um diz que sente muito e o outro que apenas não sente
E nós continuamos sem saber
Quem de nós diz a verdade e quem de nós mente

sábado, 27 de agosto de 2011

Brotar

Se acaso pudesse acordar um dia
E ver que sou mais do que vejo no espelho
(Porque os espelhos sempre diminuem o que não poderia ser menor...)
Talvez enxergar que há algo em minhas mãos.
Entre os dedos as coisas se perdem, me perco mais de uma vez nos teus.
E me espalho no chão até alguém resolver olhar.
Você pode achar que sou boba
E que ninguém pensa isso de si mesma
Mas, quando, da lama, eu brotei
Você me olhou, e não viu uma pétala.
Alguém viu.
Só que até as flores perdem a beleza,
E quando restou apenas o galho retorcido
Jogaram o vaso da flor fora
Lá, na mesma lama.
Porém, não esqueça jamais: Flores voltam a desabrochar.
Mais fortes, mais bonitas.
Acordam cobertas de pétalas e cara de sono
Estão sempre lá pra te desejar um bom dia.
Flores sentem e pressentem
Conhecem a ficção, criam o próprio mundo.
Tentam mandar nele
Mas não se manda nas grandes árvores ao redor
Querem ser eternas meninas bem-amadas
(Até para as flores isso faz falta)
Flores têm sonhos
Meninas também têm sonhos
Sonham em acordar
Abrir os olhos e voltar a ser flor.

FlowerSweetie .

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Necessidade

Você precisa de sonhos, você precisa de algo em que acreditar
Você precisa de sangue, nem que seja apenas para sangrar
Você precisa de desilusões, elas que vão te ensinar

Você precisa cair para sentir o gosto da poeira
Você precisa perder para entender a brincadeira
Você precisa perder uma metade para sentir que sua alma é inteira

Você precisa de mais do que tem
Apenas para entender que não precisa de nada
E saber que alguns tropeços
Não te jogarão para fora da estrada

Você precisa de alguns abraços
Apenas para se manter de pé
E ver que o céu pode desabar
Apenas para ter certeza de que tem fé

Um pouco de ar nos pulmões
Para ter certeza que não vai cair no meio do caminho
Um pouco de água para a sua sede
E para as tristezas, um pouco de vinho

Você precisa de um pouco dos outros
Para ver que você mesmo é suficiente
Você precisa sentir o vazio
Para entender o que você não sente

domingo, 21 de agosto de 2011

Com glacê, com afeto

Acho que todo mundo já pediu a alguém pra não sair da sua vida. Já quis pedir pra ficar, pra simplesmente ficar do seu lado. Se não isso, pelo menos uma pessoa já procurou algo no mundo que soasse doce, confortável. Eu sei que sim. E esse alguém fui eu. Assim como todo mundo, já tive momentos ruins, tristes. Não ruins como quebrar a unha, não tristes como pisar no rabo do cachorro. Momentos desses de odiar tudo, de dizer que nada importa. Mas, nesses momentos, existiu um pedaço bem grande do meu coração procurando desesperadamente qualquer ponta de conforto, de acolhimento, de tranquilidade. De gosto de doce, de cheiro de flor. Durante um único momento, a lágrima escorreu pedindo ao papai do céu que você eu queria que existisse – mas que não sabia bem se acreditava nisso – que aquilo simplesmente aparecesse. E apareceu. Veio remontando bons momentos: o domingo na praia, a guerra de travesseiros, as cócegas na cintura. Como se aquele sentimento que veio a partir dali, fizesse eu me sentir menina novamente, invadida pela doçura, enfiando novamente o dedo no glacê do bolo, deixando-o com um enorme buraco no meio. Mas era mais, era maior: era como entrar no coração do outro. Um coração doce, coberto de glacê. Ir para dentro de alguém, e sair suja de glacê. E não ter medo disso.

Mas eu sei que nem todo mundo reage igualmente diante da doçura: enquanto eu aproveitava o gosto daquilo, alguns apenas limpariam as mãos, e se privariam do sabor do outro. E se privar de sentir o outro talvez seja mais fácil, mas duvido que valha a pena. Ao menos pra mim, que preciso do afeto do açúcar pra viver. Acho que todos precisam. Mas alguns se enchem de medo e paralisam diante de qualquer sinal de açúcar. Outros espalham glacê em cada parte do outro, adoçam cada um. E fazem a maior lambança, até que se deseje morar no outro para sempre. E é pra isso que existe o coração. Ele absorve o açúcar e faz o afeto. E é assim que se faz um sorriso. É assim que criamos glacê.

Mas, apesar de não ser uma produtora real de glacê, eu sei que, lá no doce, tem um azedinho, desses que a gente pensa bem antes de ingerir. O responsável por milhões de caretas por segundo, e de alívio pós-careta. Acho que é disso que as pessoas têm medo, do limão do glacê. Do azedume líquido que a gente produz. E sem receita. Dos dias que se acorda "azedo", capaz de destruir qualquer receita de carinho. Medo de provar a doçura e ela sair da gente. Medo de provar uma vez e não conseguir provar de novo. Medo do doce, medo do azedo, medo do gosto que o outro tem.

Mas medo é algo normal. Desde que mundo é mundo que o homem tem medo do coração do outro. Medo das pessoas, medo de si, medo do outro. Medo. E sem saber, o coração produz o limão, procurando açúcar para o glacê. Até que o outro aparece, e traz o açúcar com ele. Isso pode ser bom. Isso pode ser ruim. Isso pode ser muita coisa, mas pode apenas ser. E que seja. Que seja doce.

SweetSmile .

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Noites Em Claro

As noites em claro se tornaram algo comum
E não representam mais nenhum perigo
Você não tem mais nada o que temer
Quando o escuro se torna seu amigo

Você não tem muita escolha
Mesmo que ficar de olhos fechados não lhe traga paz
Você reza por um pouco de tranquilidade
Mas você é aquilo que você faz

Mais uma noite sem sono e um novo ser humano terá nascido
Alguém que não teme, alguém que não é temido
Alguém que se tornou apenas um homem combalido

Mais uma noite sem sonhos e uma alma nova nascerá
Uma alma inocente, mas sem medo de roubar
De tomar para si o que a vida deveria lhe dar

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Olhos de Vidro, Cabelos de Mola

Quem a olha vê. Vê que é só uma moça. A moça de cabelo de molas que vê além do que há pra ser visto, através de seus olhinhos de vidro. A menina do sorriso amarelo e do riso fácil, que adora o som doce do sim e o eco de músicas que flutuam no ar e perpassam seus ouvidos, o barulhinho bom da respiração do gozo que lhe diz “eu te amo”. Mesmo assim, nunca acreditou no “tal de amor”. Em verdade, nunca soube o que é amor. Uma poetisa que não sabe amar, mas que expõe – em letras – seu corpo entre papéis e vozes vacilantes: sem roupas, sem máscaras, sem medo, sem pudor... seu corpo não sobrevive às letras, assim como sua energia não sobrevive a um olhar inocente e verdadeiro: ambos desabam de joelhos em meio aos escombros de si mesma, numa mistura de sentimentos, como uma onda que atinge seu coração de pedra com todo vigor, para que ela possa escolher se é bom ou ruim. Quer saber o gosto desses sentimentos, quer sentir cada um deles ferver em sua carne a todo vapor, quer poder escolhê-los depois de perder o sono por eles. Perder o sono, como já perdeu noites adentro, entre livros e discos, sentindo que pulsava água fria nas veias, mas com toda força que lhe é particular. Com aquela força que guarda em sua fragilidade, com toda fúria que existe em sua ternura, com cada molécula de plenitude que se esconde em seus atos. Plenitude que nunca a ensina a amar nem a odiar (muito menos a ser indiferente a) nada, mas que a move rumo ao desconhecido – ou sem rumo algum. Plenitude cheia de carinho. Carinho que cuida, que reconhece, que se preocupa, que sente um ciuminho tocar o coração. Uma menina de alma livre, e dona de uma mente libertária, um corpo libertário, um (repentino) prazer libertário... mas que ainda é só uma menina em noite de verão; correndo livre entre sonhos, sendo boba em ruas desertas e provocando olhares e sussurros curiosos. Correndo perigo em becos, mas com medo de si. Sendo escrita em bocas pelo caminho e construída a cada passo, em cada gesto. Aprendendo a ser alguém sem se de ninguém. Criando um caminho que não é seu, nem meu, nem do mundo nem de deus: um caminho que a faz segura e corajosa; que a ensina a viver, mesmo que não saiba direito como; mas que a faz ter certeza – a mesma que sempre teve - que seu desejo de desejar era sua causa primeira, sua razão, seu por que.

domingo, 14 de agosto de 2011

Sem Segurança E Sem Zelo

Que se elimine a vida em cada beijo sem vontade
Sem sentimento não há prisão, como sem espelho não há vaidade
Que a incerteza nos afogue como a ignorância nos cerca
E que a alma nos perdoe onde a boca sempre peca

E agora que nos encontramos nus em pelo?
Sem segurança e sem zelo
Sem abrigo contra o frio e o gelo

Nos restará algo além da sina?
Sem saber o que o caminho nos destina
Aprendemos o que a vida ensina

Teremos indulgência pela cegueira?
Não enxergamos a vida inteira
E nossos castelos são de areia

Teremos a culpa por nossos demônios?
Nessa parte da vida que eu não escolho
Me sobram apenas alguns sonhos...

Que se determine o fim por cada abraço sem calor
Não há erro sem aprendizado, como não há aprendizado sem dor
Que as más escolhas nos assombrem por uma eternidade
E um pouco mais, se for preciso para entendermos a realidade

E agora que nos encontramos nus em pelo?
Sem segurança, nem zelo
Para quem será nosso último apelo?

Não temos mãos nem braços
E não teremos mais espaço
Nem para beijos, nem para abraços

Teremos indulgências por nossos enganos?
Cometemos erros até quando nos calamos
E no fim não temos nenhum plano

Vivemos a esmo sem saber onde chegaremos
Não sabemos onde estamos nem onde estaremos
Mas nós sobreviveremos ao menos...

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Caminho

Fica calma, querida!
Você é só uma garotinha diante de um mundo tão grande
Ainda haverá quedas, haverá dores...
Mas não há tempo pra chorar, existe muito a fazer:
Com esse comportamento você conseguirá apenas atrasar sua caminhada.
Diante do mundo você é uma doce gigante
E pode tornar-se um titã,
Basta esse sorriso e esse olhar infantil
E esse jeito firme e persistente.
Mas não se esqueça que você sempre pode mais,
Que conseguiria conquistar todo o planeta só pra si
Depois alguns beijos e olhares
E se não esquecer nunca de sonhar.
Se conseguir aguentar os tantos tropeções e vazios que irá sentir,
O controle pode ser todo seu.
Aquilo tudo espera só por você:
Pode ser que não dê certo agora,
Pode ser que o romantismo da vida queime bem na sua frente;
E ainda existem sonhos que não se realizarão.
Mas você deveria ter notado
Que o controle é todo seu.
Pra que ser uma criança indefesa
Se você pode ser uma menina-rainha?
Olha o horizonte, olha as estrelas acima...
Olha o mar ao redor, o caminho de tijolos amarelos,
E olha a pedra, não vá cair.
Cuidado pra não se perder, eu sei que é confuso
(Às vezes os espelhos ofuscam sua inocência)
E você perde todo o foco sem saber o que é ou não real.
Quando isso acontecer, lembre-se somente que isso não importa:
Basta fechar os olhos, quem sabe pode voar pra fora dali...
Eu sei que a realidade é cruel
E que nem sempre sabemos como amar,
Mas a vida ainda está disposta a te dar a mão:
Apenas aproveite enquanto ela ama
E se amá-la também, poderá amar o mundo inteiro.
Talvez se nunca se satisfizer com uma só vida por vez
Você consiga fazer tudo o que quer.
A vida te dá as mãos agora
Mas ela é tão traiçoeira que é melhor contar apenas com essas últimas horas.
Olha o sol, olha o mar...
Olha o mundo, ele é todo seu!
Para ir busca-lo o caminho é meio difícil
Mas se seus amores forem imperfeitos
E seus sorrisos forem bobos o bastante
Talvez sua inocência vença os males de hoje, não é?
Não queira sentir que as coisas são suas
Elas não vão caber em seu bolso,
Só estarão ao seu alcance
Mas poderá tocá-las quando quiser.
Pode ser que não ganhe, mesmo que lute.
Mas se não lutar sequer terá chances.
Pode ser que não tenha amores plenos,
Mas sem amores imperfeitos você não tem nada.
Seus sorrisos não devem se esgotar,
Nem aquela garra que você aprendeu a tirar de si.
Nem tudo em seus ouvidos serão musicas:
Algumas vezes podem ser o som do não gritando do seu lado.
Mas será que você não entende
Que a magia do não é torna-lo um sim?
Escrever a sua historia é seu único dever,
Mas não pense que o lápis não quebrará a ponta.
Não adianta escrever poesias na sua vida
Se elas sequer sairão do papel.
Mas lembra que é uma gigante
E que pode pisar nas pedras ao invés de tropeçar nelas?
Pode não enxergar as pessoas, pode não enxergar os amores.
E pode ser que os pise também,
Mas isso só te fara menos feliz.
Pagar pra ver nem sempre é tão bom,
Mas porque só ver se pode participar?
A satisfação não é tão doce quanto o caminho de pedras
E talvez o grande prêmio nunca chegue.
Mas não importa qual será seu final,
O que importa é como chegará até ele
Afinal, depois do fim não há mais nada a viver.
E qual a graça de chorar na cama quando as coisas terminam?
Eu me lembro da sua força, me lembro da sua persistência,
Lembro que nem se esforçava pra conseguir algo, apenas sorria.
Eu me lembro dos dias em que botões de rosa valiam mais veludo
Apenas pelo cheiro que eles tinham.
E você, lembra-se do tempo da simplicidade,
E do quanto trabalhou para consegui-la?
Agora é hora de dar ao mundo alguns desses seus belos sorrisos
Pra ele poder te trazer mais energia.
É querida, ninguém vence sozinho.
Mas você já sabia disso, não é?
Não peça pra fazerem algo pra você
Ou perderá a melhor parte do serviço.
Porque, afinal, pra que tanta doçura nessa grandeza,
Se não for pra amar no caminho?
Eu sei que chorar ácido dói
E que algumas topadas arrancam parte da carne,
Mas ainda existe cuidado, carinho...
E amores inocentes, além do seu.
As dores saram, mas não são esquecidas,
E você terá que conviver com isso.
Só que o mundo te espera, meu bem
E você vai deixar que a melhor parte seja levada embora por outra pessoa?
Corra, o dia tem poucas horas.
E, apesar da vida te dar a mão agora,
Ela não espera por ninguém.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Me Mostre

Me mude, me faça ser algo melhor
Me mostre aquelas respostas que você já sabe de cor
Me ensine, me faça crescer
Me mostre que ainda há algo mais para crer

Me mostre um pouco de dor
Pelo resto que ainda resta, me mostre um pouco mais
Leve-me aonde você for
E me traga de volta, como você sempre traz


Me pinte, me traga cores novas
Me mostre que com sentimentos não se precisa de provas
Me diga que não há o que esperar
Apenas fechar os olhos e aceitar o que virá

Me aprenda, como eu quero lhe aprender
Me mostre como você não é tudo que quer ser
Me mude, me ensine a ser algo melhor
E seja todas as minhas respostas que você sabe de cor

Me mostre um pouco de dor
Pelo resto que ainda resta, me mostre um pouco mais
Leve-me aonde você for
E me traga de volta, como você sempre traz

domingo, 7 de agosto de 2011

Que Seja Breve...

Que eu possa amar, desamar...
Sem nenhuma culpa
Sem nenhum esforço
Apenas com uma pequena dor, pra sentir que foi de verdade.
Que seja doce...
Pra que se torne uma boa lembrança,
Pra que eu possa saber que algum dia existiu
Algum carinho, que não morreu.
Mas se não for breve,
Que seja ao menos doce
Pra que o último dia seja como o primeiro
Sentindo que no fundo, apesar de tudo, tudo valeu a pena.
E se não for doce,
Então que seja breve
Não são permitidos amores doentios
Nem existe lugar pra mentiras nesse interior.
Se não for pra ser doce,
E se não for breve
Ao menos esteja vivo,
Para que eu possa sentir quando lembrar no fim da vida.
E se não existir,
Que eu possa sonhar, pelo menos
Que eu feche os olhos,
E sinta que vai acontecer algo bom
Que será breve e doce;
Doce como no primeiro dia
E breve, como os amores mais bonitos.
Mas que eu acredite que existiu
E que, apesar de ter chegado ao fim,
Que fique claro:
Poderia ser pra sempre

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Falta

Eu sinto falta daquelas coisas pequenas. Aquelas que chegam a ser ínfimas, mas que eu nunca tive. Aquele olhar nos meus olhos, rápido e levemente raso, mas que me entende como se houvesse me analisado por horas. O olhar que capta minhas razões antes mesmo de eu tomar as ações, que sabe o que há por trás de cada palavra não dita. Aquele mesmo olhar que eu não consigo ver, porque me observa enquanto eu durmo.

Eu sinto falta daquela música que eu não tive. A mesma que não foi especial, que não me faz recordar do momento que eu conheci alguém, de um primeiro beijo ou de um primeiro olhar. Aquela música lenta que eu não ouvi num primeiro encontro ou que não embalou alguma última dança.

Aquela comédia romântica ruim, que pareceu o melhor filme do mundo durante uma hora e meia. Aquele jantar feito às pressas e iluminado a velas, só porque faltou luz. Aquele brinquedo sem graça, num parque de diversões sem muitas opções, mas de mãos dadas. Aquela poesia que eu não escrevi e ninguém leu pra mim. Me fazem falta, desde aquele olhar que me faz ouvir música até aquela canção que eu nunca ouvi.

É, eu admito, sinto falta dessas e de mais um monte de coisa que eu nunca tive, mas também me sinto cansado disso que eu tenho de sobra. E, no momento, tudo que eu tenho de sobra sou eu mesmo.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Pedidos para a Estrela-Cadente

Não, eu não quero tudo.
Quero apenas sorrisos sinceros,
Beijos apaixonados,
Abraços sem fim,
Olhares de confiança.
Definitivamente, não preciso de muita coisa:
Preciso apenas de alguma motivação, ás vezes,
Para realizar meus sonhos,
Quero meu teto de vidro
Para que eu possa olhar o céu estrelado.
Que eu acorde de manhã
E veja que há alguém pra me desejar bom-dia,
Que meus defeitos contribuam pra minha felicidade,
Que minha felicidade esteja em coisas simples
(e que eu possa vê-las sempre).
Quero renovar a minha fé em mim,
E, porque não, a fé que tenho nos outros.
Porque viver como uma eterna criança, é viver.
Quero chorar ás vezes, só para ter aquele abraço amigo,
Ter forças pra poder ser adulta
Sem deixar a velhice tomar conta de mim.
Poder ter atitudes insanas que não façam mal a ninguém
Apenas porque tive um medinho infantil.
Não quero o mundo todo...
Quero o meu mundo, e quero agora!
E, depois de tê-lo completamente,
Quero poder olhar pra trás e ver que valeu a pena,
Lembrar das coisas erradas que fiz
E que levaram pro caminho que completei.
Quero que depois de tudo isso,
Eu não sinta culpa de desejar que não exista um Deus
Só pra que ninguém saiba de tudo o que vivi
(Afinal, foi errado, mas foi divertido).
Cá pra nós, quem não fez nada sabendo que era errado, não viveu de verdade!
Quero me tornar uma velhinha bonitinha
(cheia de cabelos brancos...),
Quero ficar amiga da lagartixa lá de casa
Pra ela parar de me dar sustos toda hora,
Quero ter um amor de estremecer as pernas
Só pra poder acreditar,
Quero ter coragem para dizer sempre a verdade
"Amo", quando amar e "odeio", quando odiar,
Quero viajar lá pra perto das nuvens
E tirar os pés do chão,
Quero tomar muitos banhos de chuva e ficar muito doente,
Quero conexão com os mundos dos outros,
Quero flores na minha lápide,
Quero lembranças minhas nos sorrisos dos outros,
E lembranças dos outros nos meus sorrisos,
Quero ser protagonista da minha vida
Sem ter que assumir personagens que não sejam meus,
Fazer o que tem que ser feito com prazer,
Quero que o amanhã seja melhor que hoje,
E que quando não tiver mais amanhã
Todos esses desejos estejam realizados.



Sweetie .