quinta-feira, 30 de maio de 2013

Cinzas

Enquanto a luz se apaga
E a última alma vaga
Sozinha pela escuridão direcionada
A culpa já está destinada

As incertezas iluminam uma face desgastada pelo tempo
Recolha as cinzas, jogue-as ao vento


Abra a última porta
Só sangra quem se importa
Os olhos se fecharam para descansar
E os sustos vão acordar

As incertezas que iluminam o relento
Recolha as cinzas, jogue-as ao vento

Cinzas de um sol, a supernova se apagou
Presente sem passado que a escuridão dominou
Deita-se o espírito, a alma não descansa
Momentos finais, últimos passos da dança
Os arrependimentos vêm à tona, tomam conta do que sobra
Caem as vigas onde o céu se escora


Os olhos que são incandescentes
Iluminam o seu amor inconsequente
E tudo nunca é suficiente
Para ser eterno no seu presente

As incertezas iluminam o seu afogamento
Nas cinzas que foram jogadas ao vento

Cinzas de um sol, a supernova se apagou
Presente sem passado que a escuridão dominou
Deita-se o espírito, a alma não descansa
Momentos finais, últimos passos da dança
Os arrependimentos vêm à tona, tomam conta do que sobra
Caem as vigas onde o céu se escora

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A Doença Que Você Chama de Amor

Os anjos que deram adeus ao céu
E botaram pra fora o seu lado cruel
Vieram ao mundo para vingar
O amor que eles tiveram que matar

Os demônios que tiveram suas almas vendidas
Tentaram voltar atrás porque estavam arrependidos
Mas quem comprou suas almas não aceita arrependimentos
Ele não quer saber nada sobre sentimentos

O que foi deixado pra trás
Foi trocado por uma espécie de paz
Ele dirá o que deve ser dito
Nenhuma solução está no que foi escrito
Ande seu caminho e não pense no que você deixou
Não há cura para a doença que você chama de amor


Aqueles que pensavam ser imortais
Receberam o castigo por pensarem demais
Tiveram de cruzar a última linha
Tiveram de deixar o corpo enquanto a alma caminha

O que foi deixado pra trás
Foi trocado por uma espécie de paz
Ele dirá o que deve ser dito
Nenhuma solução está no que foi escrito
Ande seu caminho e não pense no que você deixou
Não há cura para a doença que você chama de amor

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Território Desconhecido

Um último beijo, de boa noite
E então a escuridão toma conta
Feche os olhos e adormeça logo
Enquanto a alma se apronta
Se apronta para encontrar algo
No território que você desconhece
Você o visita todas as noites
Mas quando acorda, o esquece

A incógnita da mente descordada
O desconhecido dentro de você
Sua parte que você ignora
Ou apenas o medo de reconhecer
A existência do outro lado
A cicatriz no meio da face
Maculando sua pretensa perfeição
Impedindo que você disfarce

O confronto consigo mesmo
Que lhe força a acreditar
Que há outro lado na moeda
E abaixo da superfície há o mar
Quando você abre os olhos
Tudo pode ser esquecido
Mas você nunca poderá apagar
Uma vez que você tenha sabido

terça-feira, 21 de maio de 2013

À Meia-Noite

Passos à meia-noite, alguns passos à meia luz
Mais alguns passos, a sua alma não se cansa
A lua ilumina, a luz das estrelas seduz
O corpo enfraquece, mas a alma ainda dança

Palavras no ar, o vento sussurra a melodia
Algo em seu olhar trai e demonstra a vontade
Um sorriso involutário do rosto que não sorria
Estar consigo e não querer mais é felicidade

Silêncio à meia-noite, palavras à meia-voz
A sua mente grita enquanto você se cala
O silêncio há de revelar o que somos nós
São as palavras que desnudam a fala

A insanidade brinca com seus olhos cegos
Que fingem não enxergar seu interior
Você é o que eu sou e sabe o que eu entrego
Pode me chamar de destino, ou apenas de dor