E se a minha voz fosse mais macia
Você acha que me amaria?
Se minhas palavras fossem mais vazias
Você me entenderia?
Se eu fosse mais cego
E massagease mais o seu ego
E não cometesse nenhum engano
Se eu fingisse ser surdo
Quando você reclama que eu não mudo
Você me diria "eu te amo"?
Se eu lhe mentisse, dizendo que sou perfeito
Você abriria seu peito?
Se eu começasse a apontar todos os seus defeitos
Você daria um jeito?
Se eu ignorasse sua voz
Quando você fala sobre nós
E te desse uma mentira de bom dia
Se eu fingisse não me importar
Sempre que você espera eu me afogar
Você me abraçaria?
Não sei se o que já houve ainda existe
Ou mesmo se um dia houve de verdade
Nos abraçamos e choramos, mas não pedimos desculpas
Nem pelo que somos, nem pelo que deveríamos ser
Eu apenas acho que não somos...
quinta-feira, 30 de agosto de 2012
domingo, 26 de agosto de 2012
Distração
Eu condeno o sol, eu condeno a lua
Por minhas noites em claro, que são culpa tua
De tudo que eu fujo, de tudo que eu renego
O que mais me causa medo é pelo que eu me entrego
Por tudo que nós crescemos
E por tudo que nós deixamos de ser
Tantas coisas que eu quero lembrar pra sempre
Mas eventualmente vou esquecer
São tantas as coisas que acontecem
E tão poucas realmente merecem a nossa atenção
De tudo que eu tenho
Ainda acho que o desespero é a melhor distração
Para os pensamentos que me assombram
E para os pesadelos que me acordam
Mesmo depois de tantos sonhos
São muito pouco os que realmente sobram
E mesmo os que sobram perdem o sentido
Representam apenas lembranças agora
De alguma coisa que você já foi
Mas a próxima coisa que você será não demora
Por minhas noites em claro, que são culpa tua
De tudo que eu fujo, de tudo que eu renego
O que mais me causa medo é pelo que eu me entrego
Por tudo que nós crescemos
E por tudo que nós deixamos de ser
Tantas coisas que eu quero lembrar pra sempre
Mas eventualmente vou esquecer
São tantas as coisas que acontecem
E tão poucas realmente merecem a nossa atenção
De tudo que eu tenho
Ainda acho que o desespero é a melhor distração
Para os pensamentos que me assombram
E para os pesadelos que me acordam
Mesmo depois de tantos sonhos
São muito pouco os que realmente sobram
E mesmo os que sobram perdem o sentido
Representam apenas lembranças agora
De alguma coisa que você já foi
Mas a próxima coisa que você será não demora
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
Nem Luz, Nem Trevas
A vida ainda não me ajuda a regar as flores que murcharam
Tantas foram as razões para os amores que me deixaram
"Eu quero respirar", "te preciso mais perto"
Aceitei tantos erros mesmo estando certo...
Há uma parte em mim onde nem luz nem trevas atingem
Sensações e sentimentos escondidos nunca fingem
Se escondem lá e preferem não mostrar o rosto
Vou definhar antes de sentir de novo seu gosto
Será amargo e condenatório, vai ferir mais que curar
Feche os olhos e se permita partir sem descansar
E você conseguirá me deixar, sem vestígios nem peso na consciência
Sem culpa, nem desculpa para a falta de inocência
Tantas foram as razões para os amores que me deixaram
"Eu quero respirar", "te preciso mais perto"
Aceitei tantos erros mesmo estando certo...
Há uma parte em mim onde nem luz nem trevas atingem
Sensações e sentimentos escondidos nunca fingem
Se escondem lá e preferem não mostrar o rosto
Vou definhar antes de sentir de novo seu gosto
Será amargo e condenatório, vai ferir mais que curar
Feche os olhos e se permita partir sem descansar
E você conseguirá me deixar, sem vestígios nem peso na consciência
Sem culpa, nem desculpa para a falta de inocência
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
Enquanto Espero
Se eu sentir, espero que tu também sintas o que quer que seja
Se eu beijar, espero que seja tua boca que me almeja
Se eu corar, espero que seja por sentir tua pele
Se eu me calar, espero que seja tua boca que me sele
Se eu cair, espero que tu me perdoes por não ter sido forte
Se eu sangrar, espero que tu acredites que não sinto o corte
Se eu mentir, espero que tu finjas crer em mim
Se eu começar, espero que tu sejas quem porá um fim
Se eu beijar, espero que seja tua boca que me almeja
Se eu corar, espero que seja por sentir tua pele
Se eu me calar, espero que seja tua boca que me sele
Se eu cair, espero que tu me perdoes por não ter sido forte
Se eu sangrar, espero que tu acredites que não sinto o corte
Se eu mentir, espero que tu finjas crer em mim
Se eu começar, espero que tu sejas quem porá um fim
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
Cicatriz
Deixe que a vida se dissipe enquanto o corte cicatriza
E que as nuvens desapareçam enquanto a tempestade ameniza
Haverá motivo se houver respiração, mesmo que fraca
Deixe que a sorte faça a escolha entre o punhal e a faca
E enquanto nós esperamos que alguma luz se acenda
Talvez seja a hora de finalmente desamarrar essa venda
E nós sobreviveremos, mesmo depois que o mundo acabar
Nós sobreviveremos mesmo que nos falte o ar
Abrace o seu destino, somente para depois rejeitá-lo
Faça sua própria escolha, é apenas disso que eu falo
Esqueça a ferida, ela vai parar de sangrar alguma hora
E aceite a dor, ela é a única que nunca irá embora
Enquanto nós esperamos que tudo eventualmente desapareça
Deixe o mundo inteiro ruir sobre as nossas cabeças
E nós sobreviveremos, mesmo depois que o mundo acabar
Nós sobreviveremos até quando nos faltar o ar
E que as nuvens desapareçam enquanto a tempestade ameniza
Haverá motivo se houver respiração, mesmo que fraca
Deixe que a sorte faça a escolha entre o punhal e a faca
E enquanto nós esperamos que alguma luz se acenda
Talvez seja a hora de finalmente desamarrar essa venda
E nós sobreviveremos, mesmo depois que o mundo acabar
Nós sobreviveremos mesmo que nos falte o ar
Abrace o seu destino, somente para depois rejeitá-lo
Faça sua própria escolha, é apenas disso que eu falo
Esqueça a ferida, ela vai parar de sangrar alguma hora
E aceite a dor, ela é a única que nunca irá embora
Enquanto nós esperamos que tudo eventualmente desapareça
Deixe o mundo inteiro ruir sobre as nossas cabeças
E nós sobreviveremos, mesmo depois que o mundo acabar
Nós sobreviveremos até quando nos faltar o ar
segunda-feira, 13 de agosto de 2012
Hoje
Viajei.
Procurei.
Cacei.
Quis, mais que tudo, encontrar um pontinho no planeta que significasse algo pra mim.
Perdi o chão.
As bases.
A fé.
E tudo que ficou foi a incerteza
De que, talvez, nada disso tenha sequer existido.
De repente, o mundo não gira mais.
Estou eu, parada no ponto mais alto que eu posso estar.
Olhando para baixo.
Olhando para o centro da Terra.
Esperando que tudo volte a se mexer
E me derrube.
No gelo
Branco,
Inofensivo.
Inocente.
Coberto de sangue
E de lágrimas
Que, misturadas ao gelo, jamais serão encontradas.
Aqui estou eu, sentada no alto do mundo,
Olhando para todos os lados,
Vendo pessoas rindo,
Ou não.
Andando ao redor do mundo,
Vivendo.
Apenas vivendo.
Superando
E seguindo em frente
Com a certeza de que, quando tudo acabar, o mundo seguirá sem eles.
E aqui estou eu, diante da verdade mais indubitável de todas:
O mundo não é meu
(talvez nunca tenha sido)
E
A minha Vienna não existe no mapa-mundi.
Procurei.
Cacei.
Quis, mais que tudo, encontrar um pontinho no planeta que significasse algo pra mim.
Perdi o chão.
As bases.
A fé.
E tudo que ficou foi a incerteza
De que, talvez, nada disso tenha sequer existido.
De repente, o mundo não gira mais.
Estou eu, parada no ponto mais alto que eu posso estar.
Olhando para baixo.
Olhando para o centro da Terra.
Esperando que tudo volte a se mexer
E me derrube.
No gelo
Branco,
Inofensivo.
Inocente.
Coberto de sangue
E de lágrimas
Que, misturadas ao gelo, jamais serão encontradas.
Aqui estou eu, sentada no alto do mundo,
Olhando para todos os lados,
Vendo pessoas rindo,
Ou não.
Andando ao redor do mundo,
Vivendo.
Apenas vivendo.
Superando
E seguindo em frente
Com a certeza de que, quando tudo acabar, o mundo seguirá sem eles.
E aqui estou eu, diante da verdade mais indubitável de todas:
O mundo não é meu
(talvez nunca tenha sido)
E
A minha Vienna não existe no mapa-mundi.
sexta-feira, 10 de agosto de 2012
Um Pouco do Que Eu Não Entendo
Eu quero a voz nua do silêncio
Gritando em cada momento de solidão
Aquela voz que emana do nada
E mata minha própria reflexão
Não me deixa ter concentração
Quero a paz de um canto escuro
E a luz de um dia nublado
Mais nuvens e menos sol
Menos portas e mais cadeados
Prefiro permanecer trancado
Quero a lucidez que dura apenas um instante
O beijo sem sentimento de uma amante
Repleto de lascívia, e sem fundamento
Quero a vida que se extingue após o beijo
A palavra que se desculpa pelo que eu não desejo
Repleta de temor e arrependimento
A sina que se completa cada vez que eu me arrependo
Quero um pouco mais daquilo que eu não entendo
Um pouco mais do que não me faz falta
Uma boca sem argumentos e uma mente vazia
Um pouco menos de cura e um pouco mais de agonia
Aquela mesma agonia que me mata
Gritando em cada momento de solidão
Aquela voz que emana do nada
E mata minha própria reflexão
Não me deixa ter concentração
Quero a paz de um canto escuro
E a luz de um dia nublado
Mais nuvens e menos sol
Menos portas e mais cadeados
Prefiro permanecer trancado
Quero a lucidez que dura apenas um instante
O beijo sem sentimento de uma amante
Repleto de lascívia, e sem fundamento
Quero a vida que se extingue após o beijo
A palavra que se desculpa pelo que eu não desejo
Repleta de temor e arrependimento
A sina que se completa cada vez que eu me arrependo
Quero um pouco mais daquilo que eu não entendo
Um pouco mais do que não me faz falta
Uma boca sem argumentos e uma mente vazia
Um pouco menos de cura e um pouco mais de agonia
Aquela mesma agonia que me mata
terça-feira, 7 de agosto de 2012
A Palavra de Hoje é...
Vivenciar.
E o que fazer com uma palavra?
Fechar os olhos
E ouvir o som que ela faz quando entra pelos ouvidos
Para que, quando abrir os olhos,
Possa saber sobre a força de uma palavra.
E que não é só uma palavra:
É vivência,
É viver.
É sobre sentir com o corpo
O mundo que te toca.
Sobre mandar pro coração o que os olhos vêem
(e o que não vêem).
Para que possa sentir
Antes de pensar.
É sobre o toque
Que deixa o corpo falar
E ouvir a sensação profunda
De fazer antes
O que se acha que vem depois.
É amar enquanto há tempo
Porque a mente não processa tão rápido;
É odiar enquanto se sabe
Que se pode experimentar tudo que é possível
Para fazer as pazes
Lentamente.
É sentir o gosto do que não se pode ver ou tocar
E saber que
Sem vivenciar o hoje
As palavras faltarão amanhã.
E o que fazer com uma palavra?
Fechar os olhos
E ouvir o som que ela faz quando entra pelos ouvidos
Para que, quando abrir os olhos,
Possa saber sobre a força de uma palavra.
E que não é só uma palavra:
É vivência,
É viver.
É sobre sentir com o corpo
O mundo que te toca.
Sobre mandar pro coração o que os olhos vêem
(e o que não vêem).
Para que possa sentir
Antes de pensar.
É sobre o toque
Que deixa o corpo falar
E ouvir a sensação profunda
De fazer antes
O que se acha que vem depois.
É amar enquanto há tempo
Porque a mente não processa tão rápido;
É odiar enquanto se sabe
Que se pode experimentar tudo que é possível
Para fazer as pazes
Lentamente.
É sentir o gosto do que não se pode ver ou tocar
E saber que
Sem vivenciar o hoje
As palavras faltarão amanhã.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
Ainda Cego
Livro-me de todos os pensamentos
Toda noite quando tinjo o relento
Com a cor de teus olhos sem sentimentos
O céu escuro que me ilumina
Joga todas as cores direto na minha retina
Nas noites claras da minha sina
A perda dos sentidos é só uma consequência
Saber e sentir nunca foram ciências
Ainda sou um cego pela falta do que ver
O que sobra é apenas o resto ao amanhecer
Atingido em cheio pela claridade
Um pouco de lucidez em resposta à vaidade
Talvez apenas o que falta seja temeridade
Uma certeza e uma ilusão de mãos dadas
Poderia ser real, poderia não ser nada
Eu ainda pincelo o horizonte com suas estrelas roubadas
A perda dos sentidos é só uma consequência
Saber e sentir nunca foram ciências
Ainda sou um cego pela falta do que ver
O que sobra é apenas o resto ao amanhecer
Toda noite quando tinjo o relento
Com a cor de teus olhos sem sentimentos
O céu escuro que me ilumina
Joga todas as cores direto na minha retina
Nas noites claras da minha sina
A perda dos sentidos é só uma consequência
Saber e sentir nunca foram ciências
Ainda sou um cego pela falta do que ver
O que sobra é apenas o resto ao amanhecer
Atingido em cheio pela claridade
Um pouco de lucidez em resposta à vaidade
Talvez apenas o que falta seja temeridade
Uma certeza e uma ilusão de mãos dadas
Poderia ser real, poderia não ser nada
Eu ainda pincelo o horizonte com suas estrelas roubadas
A perda dos sentidos é só uma consequência
Saber e sentir nunca foram ciências
Ainda sou um cego pela falta do que ver
O que sobra é apenas o resto ao amanhecer
sexta-feira, 3 de agosto de 2012
Silêncio Ao Relento
As ruas andam tão vazias e o céu parece tão cinza
Ainda há vozes, mas são tão vazias quanto uma briza
Não há nem mesmo tempestade para iluminar o céu
Mas a voz da lua ainda soa tão doce quanto cruel
Ela parece sussurrar, cantar uma serenata
E é por isso que o silêncio ainda me mata
Eu não entendo o que ele diz, apesar do costume
Ele fere minha sanidade como uma faca sem gume
Perfura meus tímpanos e beija o sangue da veia
Enquanto eu provo o fruto que a loucura semeia
Observo as estrelas se apagarem, sentado ao relento
Sorvendo a solidão presente em cada momento
O fruto e a solidão são doces, mas a mistura é amarga
Mas são mais belos à luz de uma estrela que se apaga
E enquanto a lua sussura os versos que eu não ouço
Eu vejo que tudo que eu preciso cabe em meu bolso
Voz, visão, sonho, boca, sentimento e olhar
Mais que isso é desnecessário, só é preciso o ar
Apago as lembranças para dar espaço a novos sons
Mas mantenho os pesadelos, mesmo não tendo gosto bom
Apesar de tão azedos, eles tem sua utilidade
Sem silêncio não há voz, e sem pesadelo não há realidade
O crime da inocência perpetrado pelo olhar
Que não enxerga o porquê de continuar a sonhar
O motivo é escrito em linhas tortas, mas ainda é legível
Talvez seja tornar palpável o que parece impossível
E até mesmo pegar uma estrela entre as mãos
Pode ser possível com menos que uma mera oração
Agarre-se ao sonho como um pecador abraça a cruz
Nos últimos momentos ele pode ser sua única fonte de luz
E agarre-se ao pesadelo como um tolo abraça o amor
Nos últimos momentos ele pode ser sua única fonte de calor
Agarre também a vida, sem ela os sonhos não tem sentido
As mãos estão cansadas, mas o medo tem diminuido
E aos poucos você se torna parte daquilo que sonhou
Não teme mais o desconhecido, o que a lua não iluminou
Tudo parece natural e você se entrega sem receio
Volta a ser inteiro o que se partiu ao meio
Recuperando aos poucos a capacidade de estar vivo
Você deixa de ser tão temeroso e esquivo
Ainda há vozes, mas são tão vazias quanto uma briza
Não há nem mesmo tempestade para iluminar o céu
Mas a voz da lua ainda soa tão doce quanto cruel
Ela parece sussurrar, cantar uma serenata
E é por isso que o silêncio ainda me mata
Eu não entendo o que ele diz, apesar do costume
Ele fere minha sanidade como uma faca sem gume
Perfura meus tímpanos e beija o sangue da veia
Enquanto eu provo o fruto que a loucura semeia
Observo as estrelas se apagarem, sentado ao relento
Sorvendo a solidão presente em cada momento
O fruto e a solidão são doces, mas a mistura é amarga
Mas são mais belos à luz de uma estrela que se apaga
E enquanto a lua sussura os versos que eu não ouço
Eu vejo que tudo que eu preciso cabe em meu bolso
Voz, visão, sonho, boca, sentimento e olhar
Mais que isso é desnecessário, só é preciso o ar
Apago as lembranças para dar espaço a novos sons
Mas mantenho os pesadelos, mesmo não tendo gosto bom
Apesar de tão azedos, eles tem sua utilidade
Sem silêncio não há voz, e sem pesadelo não há realidade
O crime da inocência perpetrado pelo olhar
Que não enxerga o porquê de continuar a sonhar
O motivo é escrito em linhas tortas, mas ainda é legível
Talvez seja tornar palpável o que parece impossível
E até mesmo pegar uma estrela entre as mãos
Pode ser possível com menos que uma mera oração
Agarre-se ao sonho como um pecador abraça a cruz
Nos últimos momentos ele pode ser sua única fonte de luz
E agarre-se ao pesadelo como um tolo abraça o amor
Nos últimos momentos ele pode ser sua única fonte de calor
Agarre também a vida, sem ela os sonhos não tem sentido
As mãos estão cansadas, mas o medo tem diminuido
E aos poucos você se torna parte daquilo que sonhou
Não teme mais o desconhecido, o que a lua não iluminou
Tudo parece natural e você se entrega sem receio
Volta a ser inteiro o que se partiu ao meio
Recuperando aos poucos a capacidade de estar vivo
Você deixa de ser tão temeroso e esquivo
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