domingo, 22 de maio de 2011

Vozes

Eu ouço uma voz em minha cabeça
Toda vez que a luz some
Ela está sempre por perto
E sussurra o meu nome
Se despedaça em silêncio
Toda vez que a luz retorna
Uma caricatura de minha própria sombra
É o que essa voz me torna

Toda vez que fecho meus olhos
E permito que o fogo adormeça
Sou acordado pelos vultos
Que povoam minha cabeça

A escuridão repele minha sanidade
Como sua pele repele meu frio


Sinto sua presença em minha pele
Toda vez que me corto
Me acostumei à temperatura do medo
Então eu me conforto
Mesmo quando eu estou só
O silêncio não está morto

Toda vez que fecho meus olhos
Permito que a sanidade adormeça
Não tenho nenhum descanso
Por causa das sombras em minha cabeça

A escuridão repele minha sanidade
Como o fogo repele o frio
Minhas mãos estão atadas
E minha boca beija o vazio

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