Espero que você saiba, eu nunca te esqueci. Nunca deixei de
te amar ou de saber que temos um mundo só nosso. Mas eu entrei no piloto
automático, e me esqueci das coisas especiais.
Eu esqueci a minha música, a que me disse que o mundo é meu.
A música que me deu o mundo, o melhor do mundo. Que me fez viajar, percorrer
sentimentos que nunca pedi pra sentir (insira aqui seu sentimento). E eu trouxe
o roteiro da viagem pra vocês. Mas perdi o voo. Perdi o ritmo da música. Saí de
órbita do meu próprio mundo. E agora, Theodora?
Talvez eu tenha sido egoísta afinal, mesmo achando que não
seria, lá, quando saí do zero. Talvez eu esteja pagando, como uma espécie de
carma. Tudo ou nada, perdendo o que importa. Talvez seja isso. Talvez, talvez,
talvez. Eu, eu, eu. Chame de egoísmo o que me fez fugir do mundo. Chame de amor
o que me trouxe até ele. Faça o que quiser, faça o que for preciso. Depois de
um ano, o meu lado doce e o meu lado amargo já tiveram seus momentos. Quando se
sai do zero, alguma coisa muda. Algo precisa se mostrar.
Mas claro que tenho o que comemorar. Um ano muda muito a
gente. Acrescenta, tira. Ou acrescenta tirando, vocês viram isso também. Claro
que tenho o que comemorar. Não tem nada a ver com saúde, paz, felicidades ou
algo assim. Não tem simpatia aqui. Tem, mas tá em falta. Sou ranzinza, sou um
doce, sou um amor (ou um dia serei, talvez na próxima versão). E isso também se
deve a você. Felicidades pra mim, mesmo que isso signifique a infelicidade de
alguém. Acho que isso traz muitos anos de vida também, nesse mundo onde
preferimos a poesia à sensatez (vide poesias). Esse ainda é o começo, é só o
nosso primeiro. Porque juntos somos muitos. Somos fortes, somos bem mais que
suficiente, somos o que quisermos ser. Vienna ainda nos espera, vocês não vêem?
Nós mandamos no planeta. Seremos sempre Reis e Rainhas desse mundo. Um mundo
coroado, que, mesmo que ninguém entenda, nós, eu, você, o Bruno e quem mais
estiver aí sabemos que é, para sempre, só nosso.
SweetieSour
Um ano realmente acrescenta e tira muito de nós sempre. Mas nem tudo é assim: tu sempre me acrescentou apenas acrescentando, nunca tirando. Obrigado por estar aqui, mesmo que "aqui" seja tão longe. E obrigado por ser mãe desse meu filho não parido, sendo essa alma gêmea imaginária, essa contraparte de saias (:
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