Há vida no que se perde
E, mesmo sem sangue, ainda pulsa
Depois da última respiração
Haverá morte sem culpa
Se não puder entender
Não reprima, não recrimine
Deixe que fluam o medo e a alma
Deixe que o sentimento ensine
Prometa a vida e assassine
Por tudo que não existe, prometa a eternidade
Sem promessas não há nada, nem mesmo a frivolidade
Por tudo que será efêmero, prometa a vida
Não é porque se trata de uma promessa que será cumprida
Cerre a porta e os olhos
Mas deixe as janelas abertas
Um pouco de luz e ar neste quarto
Nesta prisão tão discreta
Tão sufocante quanto um beijo
E comprometedora como um olhar
Que me acorrenta como uma fera
Sem correntes e sem par
Prometa a liberdade
E me deixe definhar
Por tudo que não existe, prometa a eternidade
Sem promessas não há nada, nem mesmo a frivolidade
Por tudo que será efêmero, prometa a vida
Não é porque se trata de uma promessa que será cumprida
Me prometa que você saberá, não importa o pensamento
Não lhe peço pra sentir, apenas conhecer o sentimento
Lhe prometo a resposta, mas não pergunte o porquê
Minha promessa não garante tudo que há pra saber
E eu mesmo não sei, não sinto e não entendo
Cada promessa é uma mentira
Cada toque carrega a ira
E eu ainda não me arrependo
E mesmo quando não anda, não pulsa ou não respira
Este cadáver que eu estou vendo
Sou eu, mesmo não sendo
É a minha vida que ele transpira
Por tudo que não existe, prometa a eternidade
Sem promessas não há nada, nem mesmo a frivolidade
Por tudo que será efêmero, prometa a vida
Não é porque se trata de uma promessa que será cumprida
Me prometa que você saberá, não importa o pensamento
Não lhe peço pra sentir, apenas conhecer o sentimento
Lhe prometo a resposta, mas não pergunte o porquê
Minha promessa não garante tudo que há pra saber
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