sexta-feira, 6 de setembro de 2013

A Flor do Silêncio

O silêncio construído com lágrimas presas
De sentimentos obscuros dotados de rara beleza
A ira naquele grito enjaulado dentro da mente
E a saliva que afoga o sussurro feroz e estridente

Você só quebra o silêncio quando não suporta a dor
Grita que conhece de perto o medo, mas nem sabe sua cor
Do espinho que impede o sangue de sair da ferida, nasce a flor
Ela só terá beleza e perfume se o sofrimento tiver ardor


A alquimia da sua voz misturada ao medo
Gera a sintonia da dor com o segredo
A mágoa é calada, mas transborda pelo olhar
Teme se expor, só seus sentimentos irão julgar

Você só quebra o silêncio quando a dor vai além da sua capacidade
A noite recém começou, mas você já sabe o quanto é tarde
As brasas estão se apagando, e isso é o que mais queima e arde
O medo de quebrar o silêncio e ter que encarar a verdade

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