segunda-feira, 27 de abril de 2015

Me Diga Você

Tudo o que posso dizer sobre isso é que sou a pessoa que disse que não conseguia ser. Porém meu coração se sente em casa, e é isso que não entendo.
Sempre pensei que faltava algo em mim, como se não pertencesse a lugar algum. Sempre soube, dentro de mim e com todas as minhas forças que minha Vienna não estava no mapa. Talvez não esteja. Mas hoje, no lugar onde sempre estive, no lugar que não era meu, eu sinto apenas que sou quem deveria ser. Sou quem eu quero, sentindo o que sinto.
Hoje eu estou novamente com medo. Mas, devo confessar que esse é o mais fraco dos sentimentos. Como se não importasse, como se o amanhã pertencesse a outra vida. Como se Vienna tivesse pousado em mim. O que eu sinto, e é ainda mais difícil admitir isso, é algo estranho. É realmente o não-sei-o-quê. Acho que quero nem racionalizar tanto isso.
Confesso que estou menos poética hoje. Se tem uma coisa que aprendi com esse "não-sei-o-quê é que quanto mais você pensa, pior fica. Pensar piora, agir melhora. Mesmo quando dá errado, dá certo. E meu coração sempre está preparado para quando não funciona. Não reclamo, nem me importo. Ou não sei. Me reconheço cada vez menos. Sou realmente Sweetie agora.
A verdade, a grande e maciça verdade, é que não sei quem eu sou. Me defini sendo durona, do tipo que não precisa se esforçar para descrer na própria felicidade. Sem fazer nenhum esforço. Mover nem uma palha.
Hoje eu me olho e vejo um sorriso totalmente sincero no rosto. Mas de um tipo diferente. Como se a vida trouxesse uma felicidade diferente. Ou os músculos do meu rosto encontrassem um modo diferente de sorrir que eu desconhecia. Tenho medo, felicidade e muita coisa que não entendo junta. Mas não quero entender. Quero apenas ser.
Sinto que sempre fui assim, que hoje me reconheço. Me lembra todo esse tempo aqui. E o dia de um dos posts do Bruno. E é isso que tem pra hoje. A mais genuína identificação com aquele texto.
"Será que é amor?"
"Não sei, me diga você".

Verdadeiramente,

Sweetie.

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