segunda-feira, 19 de março de 2012

A Própria Loucura

Falta sangue em suas feridas e razões para as suas chagas
Você não quer a cura e impede que o tempo lhe traga
E, apesar disso, ainda prega que o tempo é a cura para tudo
Mesmo não conhecendo nem metade dos males do mundo

São tantos os olhos que lhe observam
Todos com tanto poder de julgamento
Nenhum deles realmente lhe conhece
Nem suas ações, nem seus pensamentos

Falta saliva em sua boca e razão em sua mente
E sobram crimes cometidos sem nenhuma razão aparente
Não há mais desculpas e o silêncio lhe devora
Você quer se libertar do mundo e tem que ser agora

São tantos os olhos que lhe observam
Todos com tanto poder de julgamento
Nenhum deles realmente lhe conhece
Nem suas ações, nem seus pensamentos
São tantas as bocas que lhe comandam
E nenhuma delas sabe quem você é
Se é pétala ou se é espinho
Se faz parte do destino ou apenas um revés


E, aos poucos, essas bocas lhe devoram a sanidade
Atiram-lhe ao abismo e insistem que é por pura bondade
Mantêm as feridas abertas, impedem que você chegue até a cura
E sequer entendem que ela é a própria loucura

Um comentário:

  1. *___*!
    Que lindo, abigo!!
    Muito bom... É a tradução EXATA do que estou passando no momento, e não conseguiria palavras melhoras para descrevê-lo. ^^

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