Creia em mim quando eu lhe digo
Poderia ser pior que o castigo
Quando todos olhos se voltam pra você
E não há mais o que se fazer
Quando não há ninguém que lhe diga
Que a vida não é sua amiga
Talvez você demore para notar
Que o mundo não vai te segurar
Você pode orar à vontade
Implorar e se esbaldar em auto-piedade
Decidir que não quer saber mais
E fingir que, de alguma forma, isso traz paz
Até perceber que só você pode decidir
O poder é seu, de levantar ou cair
Mas até chegar ao limite
Você talvez não acredite
Existe muita dor, mesmo sem ferimentos
E um pouco de tempo entre os momentos
As lembranças não ferem mais, mas o vazio...
Todas as vozes no meio da multidão
Só ajudam a aumentar a sensação
De que algo ficou e muito se esvaiu
No céu não há nada além da lua
Não há nuvens, nem pessoas nessa rua
Mas pelo menos não está tão escuro
É possível se acostumar à solidão
Pois todas as vozes se silenciarão
Depois que for levantado o muro
Só eu encarei o verso: "No céu não há nada além da lua" como uma negação da metafísica? No caso, entendendo céu como a redenção.
ResponderExcluirÉ aí que fica toda a beleza da interpretação. Eu não cheguei nem perto de querer dizer isso, mas adorei essa leitura tua. xD
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