Beba meu sangue enquanto você pode
Deste coração sem veias que sempre explode
O cálice sagrado virou a maldição
Daqueles que agarraram a fé com duas mãos
E derramaram o sangue do cordeiro em vão
As cordas da sua lira enforcaram a melodia
Do canto da última alma que pedia
Um pouco de paz, ou apenas mais um dia
Esconda a sua inocência
De um julgamento precipitado
Só mais uma das sentenças
Que você poderia ter evitado
As marcas na parede
Os olhos inertes
Há quanto tempo que o tempo
No seu labirinto se perde?
Corte seus pulsos, sem minhas veias você não sangrará
É só mais um jogo que a sua mente insiste em jogar
Deitado no leito de morte da esperança
Um dia você já teve a inocência de uma criança
Mas agora ela só é uma lembrança
Fora da jaula o animal se mostra cruel
Receba a maldição como uma benção do céu
Fora da noite, em direção à luz
Apenas o medo te faz lembrar da cruz
Pergunte às nuvens, elas dirão “o culpado és tu”
As vigas que sustem a sua harmonia
Logo vão cair, mais dia, menos dia
Um pouco de paz da sua bela melodia
Esconda a sua inocência
De um julgamento precipitado
Só mais uma das sentenças
Que você poderia ter evitado
As marcas na parede
Os olhos inertes
Há quanto tempo que o tempo
No seu labirinto se perde?
Não acho que já te disse, mas é um que eu mais gosto. Saudades, tá?
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