quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Faces

É como reabrir a gaveta do criado-mudo

E descobrir um passado esquecido:

Lá no fundo, na escuridão daquele espaço

Havia pedaços há muito confinados.

Eram elas, as feridas, libertando as marcas do que há muito se escondia em você

Aquilo que personifica sua singularidade

E que te move a ser quem é.

Dói saber que seu “diferencial” faz de você apenas mais um

Entre os “únicos” a circular por ai?

Dói saber que aquilo que você acredita

Não tem que ser verdade para todos?

E esse tom, o que faz de você um ser um ser superior?

Continue a andar, deixe seus pedaços pelo chão

Espalhe sua arrogância em conserva pelas ruas afora...

E não se esqueça de recolher suas palavras:

Elas ficarão fora da gaveta

Enquanto sua imagem fica trancada a sete chaves

Mas após apanhar as latas pelas ruas

Pude enxergar algo em você:

Agora sei onde você se esconde.

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