É como reabrir a gaveta do criado-mudo
E descobrir um passado esquecido:
Lá no fundo, na escuridão daquele espaço
Havia pedaços há muito confinados.
Eram elas, as feridas, libertando as marcas do que há muito se escondia em você
Aquilo que personifica sua singularidade
E que te move a ser quem é.
Dói saber que seu “diferencial” faz de você apenas mais um
Entre os “únicos” a circular por ai?
Dói saber que aquilo que você acredita
Não tem que ser verdade para todos?
E esse tom, o que faz de você um ser um ser superior?
Continue a andar, deixe seus pedaços pelo chão
Espalhe sua arrogância em conserva pelas ruas afora...
E não se esqueça de recolher suas palavras:
Elas ficarão fora da gaveta
Enquanto sua imagem fica trancada a sete chaves
Mas após apanhar as latas pelas ruas
Pude enxergar algo em você:
Agora sei onde você se esconde.
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