segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Hoje

Viajei.
Procurei.
Cacei.
Quis, mais que tudo, encontrar um pontinho no planeta que significasse algo pra mim.
Perdi o chão.
As bases.
A fé.
E tudo que ficou foi a incerteza
De que, talvez, nada disso tenha sequer existido.
De repente, o mundo não gira mais.
Estou eu, parada no ponto mais alto que eu posso estar.
Olhando para baixo.
Olhando para o centro da Terra.
Esperando que tudo volte a se mexer
E me derrube.
No gelo
Branco,
Inofensivo.
Inocente.
Coberto de sangue
E de lágrimas
Que, misturadas ao gelo, jamais serão encontradas.
Aqui estou eu, sentada no alto do mundo,
Olhando para todos os lados,
Vendo pessoas rindo,
Ou não.
Andando ao redor do mundo,
Vivendo.
Apenas vivendo.
Superando
E seguindo em frente
Com a certeza de que, quando tudo acabar, o mundo seguirá sem eles.
E aqui estou eu, diante da verdade mais indubitável de todas:
O mundo não é meu
(talvez nunca tenha sido)
E
A minha Vienna não existe no mapa-mundi.

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