segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Ainda Cego

Livro-me de todos os pensamentos
Toda noite quando tinjo o relento
Com a cor de teus olhos sem sentimentos

O céu escuro que me ilumina
Joga todas as cores direto na minha retina
Nas noites claras da minha sina

A perda dos sentidos é só uma consequência
Saber e sentir nunca foram ciências
Ainda sou um cego pela falta do que ver
O que sobra é apenas o resto ao amanhecer


Atingido em cheio pela claridade
Um pouco de lucidez em resposta à vaidade
Talvez apenas o que falta seja temeridade

Uma certeza e uma ilusão de mãos dadas
Poderia ser real, poderia não ser nada
Eu ainda pincelo o horizonte com suas estrelas roubadas

A perda dos sentidos é só uma consequência
Saber e sentir nunca foram ciências
Ainda sou um cego pela falta do que ver
O que sobra é apenas o resto ao amanhecer

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