domingo, 14 de agosto de 2011

Sem Segurança E Sem Zelo

Que se elimine a vida em cada beijo sem vontade
Sem sentimento não há prisão, como sem espelho não há vaidade
Que a incerteza nos afogue como a ignorância nos cerca
E que a alma nos perdoe onde a boca sempre peca

E agora que nos encontramos nus em pelo?
Sem segurança e sem zelo
Sem abrigo contra o frio e o gelo

Nos restará algo além da sina?
Sem saber o que o caminho nos destina
Aprendemos o que a vida ensina

Teremos indulgência pela cegueira?
Não enxergamos a vida inteira
E nossos castelos são de areia

Teremos a culpa por nossos demônios?
Nessa parte da vida que eu não escolho
Me sobram apenas alguns sonhos...

Que se determine o fim por cada abraço sem calor
Não há erro sem aprendizado, como não há aprendizado sem dor
Que as más escolhas nos assombrem por uma eternidade
E um pouco mais, se for preciso para entendermos a realidade

E agora que nos encontramos nus em pelo?
Sem segurança, nem zelo
Para quem será nosso último apelo?

Não temos mãos nem braços
E não teremos mais espaço
Nem para beijos, nem para abraços

Teremos indulgências por nossos enganos?
Cometemos erros até quando nos calamos
E no fim não temos nenhum plano

Vivemos a esmo sem saber onde chegaremos
Não sabemos onde estamos nem onde estaremos
Mas nós sobreviveremos ao menos...

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